terça-feira, 8 de junho de 2010

Prueba superada

Afinal a aventura em busca das cotonetes perdidas não chegou a ser aventura nenhuma. Para meu gáudio, bastou uma pesquisa simples para encontrar cotonetes de bastão bio-degradável na superfície comercial mais próxima de casa, o que, devo confessar, me surpreendeu pela positiva.

Por 0,80€ compram-se 100 cotonetes de algodão 100% hidrófilo e cartão, em embalagem do mesmo material. Não que os funcionários da secção estejam minimamente despertos para o tema - abordei duas senhoras com as minhas dúvidas e nenhuma fazia a mais remota ideia daquilo a que me referia. Acabámos por fazer o teste derradeiro, tirando uma das cotonetes da caixa e partindo-a pelo meio, algo que dificilmente conseguiríamos se se tratasse de um bastão de plástico, mais flexível e resistente.

E é com grande orgulho que afirmo que toda a gente cá em casa aderiu sem mais questões, sendo que a opção pela versão cartão também já se estendeu a outros "lares" do meu raio de "acção". Aliás, não havendo sequer justificação plausível (preço, qualidade, design ou outra) para escolher diferente... Um pequenino gesto a somar a outros que estou a implementar a pouco e pouco e que, no fim do dia, fazem diferença à proporção não do empenho, mas do desejo de não ser mais uma a "estragar" o espaço que me foi emprestado pelo tempo em que cá andar.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Contra França, em collants

Não sei se foram os nomes dos envolvidos que me levaram à certa, se a própria história, já conhecida mas sempre revisitada com gosto, a verdade é que o "Robin Hood" de Ridley Scott me desiludiu tremendamente.

Primeiro os aspectos negativos. Basicamente estamos perante uma película que termina onde devia começar. Logo por aí se percebe que algo de errado se passa, e não no reino da Dinamarca, antes na floresta de Sherwood. Vamos à procura da história do bom rufia que roubava aos ricos para dar aos pobres e temos de nos contentar com a história daquele que um dia virá a ser o dito... Não convence.

Mas mesmo por este prisma, poderia nem tudo estar perdido. Não é assim tão raro termos uma expectativa inicial, sermos confrontado com uma realidade completamente diferente da imaginada e ficarmos satisfeitos à mesma, mas não foi o caso. Abandonei a sala a pensar que se tratava de um filme muito pouco inspiracional, onde nem um elenco encabeçado por Russell Crowe e Cate Blanchett conseguiu abrilhantar os planos de fundo feitos de castanhos sombrios e verdes entediantes.


Depois de "Gladiator", "Hannibal" e "Kingdom of Heaven" contava com qualquer coisa mais entusiasmante. Nem a maior cena de batalha, no final da história (ou será início) foi climática, muito porque Scott escolheu filmar espaço em vez de acção. E já agora, que barcos eram aqueles que chegavam à costa inglesa carregados de franceses do século XIII, mas que mais pareciam os usados pelas forças aliadas no memorável desembarque na Normandia? Voltando à acção, foi aspecto que também não se concretizou na parelha romântica do filme, a meu ver, altamente improvável e consequentemente, pouco entertaining.

Ainda assim, "a César o que é de César". A persistência do realizador no casting de Russel Crowe confere alguma crueza e afirmação ao título, características que uma vez impressas num herói popular como Robin Hood, até são bem-vindas. O espaço cénico foi bem estudado, sendo a vila de Nottingham o melhor exemplo da categoria, e a caracterização austera facilitou o trabalho da fotografia nos planos de pormenor.

Gude nute garrafas de plástico!

Geniaaal! É com tremendo entusiasmo que anuncio ter encontrado solução para abolir em definitivo a utilização das garrafas de água de plástico! Chama-se Simply Ecological e pertence à marca suíça Sigg!

Com efeito, a minha mais recente aquisição green não só vai levar-me a beber água mais regularmente - hábito que até aqui indevidamente não tenho seguido com método -, como permitirá desprender-me por completo da obrigatoriedade de fazer lixo de cada vez que tenho sede.

Será que estamos conscientes de que, em Portugal, do total de garrafas de plástico consumidas anualmente, apenas 12% são recicladas, 20% são incineradas e 68% acabam em lixeiras (dados recolhidos pelo Department for Environment Food and Rural Affairs em 2004)? Ou que são necessários 700 anos para iniciar a compostagem de um destes objectos? Ora, recorrendo à Matemática, se um ser humano viver um total de 85 anos, serão necessárias 8,2 gerações para que a "garrafa primordial" comece a decompôr-se no solo...

E há mais. Não sabia eu, mas as Sigg são coisa antiga (surgiram em 1908) e mantêm-se tremendamente na moda! Têm sido várias as vedetas do showbiz internacional a ser "apanhadas" com uma na mão, ou meio a descoberto na mala, sendo que a evolução é tal, que já existe uma colecção assinada por Vivienne Westwood, irreverentíssima estilista inglesa.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Expectativas (sempre) em baixa

Desilusão. É o que normalmente acontece quando me deparo com a adaptação do enredo de um jogo de sucesso à grande tela. Um filme sensaborão, pelo qual só se anseia pagar ingresso quando realmente não há mais nada. E depois de"Super Mario Bros", "Street Fighter", "Mortal Combat", "Tomb Raider" ou "Resident Evil", para citar apenas os que vi, "Prince of Persia - The Sands of Time" não só não prometia, como não chegou a cumprir.

Compreendo e aceito o apelo popular deste tipo de guiões. Ainda assim, existe sempre a expectativa de que algum deles venha a ser diferente, algo que, por essência, não acontece, já que se trata de uma adaptação de uma base pouco credível (quando comparada, por exemplo, com uma obra literária). Acabam por se tornar títulos descartáveis, mas bastante rentáveis, o que provavelmente também já é uma realidade com "Prince of Persia - The Sands of Time".


Jake Gyllenhaal é Dastan, o príncipe de serviço numa história onde das areias do deserto surge Tamina, a princesa de Alamut (interpretada pela exótica Gemma Arterton), Nizam, um tio com muito poucos escrúpulos (encarnado por Sir Ben Kingsley) e Sheik Amar e suas avestruzes de corrida (com Alfred Molina num tom mais arábico do que o habitual).

As plataformas e os golpes das lutas do jogo original estão lá, os efeitos especiais são suficientes para corroborar a história e o enredo assegura aquilo por que também já se espera numa película do género - uma continuação. Pela inversa, ficam a faltar interpretações com um pouco mais de fôlego (Gyllenhaal, ainda que ousadamente musculado, é ofuscado pela presença carismática de Arterton) e mais elementos cómicos, visto que este nunca poderia ser um filme para se levar a sério. Entre zero e dez... Quatro.