terça-feira, 29 de maio de 2012

Fotografia | Lançamento de "Pagwagaya", entre amigos

Foram muitos os que se juntaram ao Armando Frazão e à Sítio do Livro no último Sábado para o lançamento oficial do livro "Pagwagaya", na conceituada Livraria Barata, em Lisboa.

Pessoalmente, achei interessante a apresentação da escritora Ana Brilha, também ela com um título recente em promoção. Já o brilho no olho do autor não deixou dúvidas quanto à satisfação que esta segunda aventura lhe está a proporcionar - parabéns a todos!




Fotografia | Dia Verde com o Verde Movimento e a revista Gingko






sexta-feira, 25 de maio de 2012

Memorable quote - Gustave Flaubert

"(...) O livro está cheio de pérolas, mas não se esqueça que não são as pérolas que fazem o colar; é o fio!"

Resposta de Flaubert a um jovem escritor que lhe pediu um conselho sobre o seu primeiro romance

As pessoas bem resolvidas

Aqui há uns anos alguém me disse, num momento de separação, que era uma pessoa com as "gavetinhas bem arrumadas", claramente, "bem resolvida" comigo mesma. Sei que na altura não percebi perfeitamente o sentido daquelas palavras, elogio ou chamada de atenção, mas não as esqueci. Mais recentemente deparei-me com um artigo de imprensa que me trouxe esta pessoa e aquelas palavras à ideia. Talvez aqui resida a "explicação" que procurava.


As pessoas bem resolvidas

Acho que só por contágio e influência dos nossos amigos brasileiros trouxemos, há poucos anos, para o vocabulário nacional a expressão do "ser uma pessoa bem resolvida". Não quero isto dizer que não houvesse entre nós a perceção de que algumas pessoas estão melhor consigo mesmas do que outras, independentemente das circunstâncias dos acontecimentos e das vicissitudes da vida. Mas a tendência sempre foi a de considerar essas pessoas eram mais felizes ou mais bem dispostas naturalmente, como se se tratasse de uma questao de temperamento e, portanto, a atitude, o estado de espírito, a forma de reagir e agir fossem uma espécie de destino que calha em rifa em vez de uma construção própria e ativa.

Ora se existe alguma característica distintiva nas pessoas bem resolvidas é a de saberem que são elas as protagonistas da sua própria história e que, aconteça o que aconteça, é a elas que cabe todas as desisões e resoluções. É a elas que cabe mudar a sorte, é a elas que compete tomar conta de si.

As pessoas bem resolvidas não são, necessariamente, as mais inteligentes, as mais bonitas, as mais temerárias ou as que têm mais sucesso profissional ou emocional. Também não têm de ser aquelas a quem a vida corre melhor. Frequentemente, pelo contrário, até são as que tiveram perdas significativas mais precoces ou experiências dolorosas continuadas. A diferença em relação a outros é que aprenderam com isso e que usaram os acidentes de percurso, não para se instalarem numa frustração azeda nem numa desculpa crónica para todas as coisas que correm mal, mas antes tentaram dar a volta por cima e conseguiram. Foram conseguindo uma e outra vez e deram-me conta de que isso era um trabalho perpétuo e quotidiano.

Neste processo de construção própria tem de haver uma crença arreigada na possibilidade de transformação. Tem de se acreditar que vale a pena tentar o que parece difícil e de se conseguir tirar gratificação do próprio caminho que se faz para lá chegar. Ser bem resolvido quer apenas dizer estar bem com a vida. Para estar bem com a sua vida tem de se estar bem consigo mesmo, e possuir uma atitude aberta e honesta ao que há e ao que há para vir. Não é fácil, mas é bom. Muito bom.

in "Caras", secção Psicologia, "As pessoas bem resolvidas", por Isabel Leal

Save the date: amanhã, "Dia Verde", nos Jardins do Museu da Electricidade

O prometido é devido, Teresa! Muitos parabéns a ti e à tua equipa pelo "5 dias 5 causas" e todo o sucesso na divulgação de amanhã! Haja quem valorize a sustentabilidade como um tema realmente importante, mesmo em tempo de parco investimento na matéria.


Informação adicional em: http://www.facebook.com/verdemovimento

Campanha deixa mulherio a sonhar... E daí talvez não...

"Wake up next door to Barroso". O convite é dirigido, imagine-se, pelo Thon Hotel EU, recentemente inaugurado em Bruxelas.

Segundo consta, a campanha tem merecido muita atenção na cidade mas não pretende ser entendida literalmente, antes como uma forma bem-humorada de assinalar que o hotel fica mesmo ao lado da sede da Comissão Europeia.

E eu que já me imaginava acompanhada à mesa pelo Sr. Presidente, num belo pequeno-almoço composto de croissants e suminho de fruta natural...



Memorable quote - "Como se faz", Jornal Sol, Carla Hilário Quevedo

"Entender é demonstrar a quem sofre que não está desamparado. Os governantes não são eleitos para dar sugestões e conselhos. Para isso há padres e pais."

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Indignação é dizer pouco

Fiquei francamente chocada com a notícia de hoje que revelou que, no ano passado, mais de 21 mil chamadas telefónicas recebidas pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes do INEM foram falsas.

Isto significou a saída desnecessária de mais de 7.500 ambulâncias, uma média de 21 por dia, para situações de emergência inexistentes. Fala-se em "falta de civismo" e em "falta de assistência a quem precisa", sendo que, como é expectável, apenas uma percentagem mínima destes casos passa a queixa formal.

A gravação que transmitiram de uma rapariga que, teatralmente, pede ajuda porque a mãe está em trabalho de parto encheu-me de uma tal revolta que, não tenho dúvidas, rapidamente me faria perder a razão. Um "luxo" a que (feliz ou infelizmente) os profissionais das autoridades competentes não se podem dar.

Um amigo ofereceu-me flores hoje =)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Fim-de-semana mortífero

Quatro alpinistas morreram no passado Sábado quando, após terem feito cume, tentavam a descida do Evereste. Com idades compreendidas entre os 33 e os 61 anos, os alpinistas não resistiram à exaustão e ao mal de altitude, aparentemente agravados pelo elevado número de pessoas a utilizar as cordas de descida no Hillary Step, degenerando num efeito de engarrafamento, que implicou esperas (mortíferas) de várias horas a alguns dos que já tinham cumprido o seu objectivo.

Este é já considerado um dos fins de semana mais negros da montanha conquistada por Sir Edmund Hillary e pelo sherpa Tenzing Norgay, em 1953. Cerca de 200 outras pessoas vão tentar a sua sorte já nos próximos Sábado e Domingo, procurando assim aproveitar a janela temporal considerada "segura" para a ascenção ao pico.

De acordo com o Ministério do Turismo do Nepal, quase 4.000 pessoas subiram com sucesso o Evereste desde o feito da dupla neo-zelandesa/nepalesa e todos os anos o número de inscritos para a derradeira aventura cresce. Como resultado, em momentos de janela, podem esperar-se até mais de três horas para acesso a uma corda de descida, com pouco oxigénio disponível e as extremidades dos membros a sofrerem os efeitos das queimaduras do frio.

Ao que parece, não é raro que alpinistas descurem avisos para descida de guias experientes após terem pago dezenas de milhares de dólares pelas suas expedições. E se, dando ouvidos à prudência, o líder de uma expedição a cancela por motivos de segurança mas mais tarde o tempo se mostra limpo, acontecem queixas...

Recordo com apreensão as palavras de João Garcia numa palestra a que assisti em tempos e, alimentando a esperança de um dia eu mesma visitar o Campo Base desta montanha colossal, ocorre-me apenas um pensamento: a Natureza não perdoa a quem desafia os seus desígnios.




sexta-feira, 18 de maio de 2012

"Um português com emprego trabalha mesmo a troco de dinheiro", por Ricardo Araújo Pereira, A.K.A., "o Indivíduo"

O último "Mixórdia de Temáticas" do Ricardo Araújo Pereira na Comercial foi de rir até às lágrimas... Não resisto a partilhar com quem não ouviu em primeira mão!




Save the date: 26 de Maio, lançamento oficial de "Pagwagaya"

Numa semana feliz em novidades literárias, abro espaço para a divulgação do mais recente livro do Armando, que reencontrei faz agora uns dias na Feira do Livro de Lisboa. "Pagwagaya" vai ser apresentado com digna pompa, circunstância - e um belo Touriga Nacional, constou-me - no próximo dia 26, às 17h00, na Livraria Barata da Avenida de Roma, com a ajuda da também escritora Ana Brilha, num evento totalmente aberto ao público amigo, fã, curioso ou simplesmente de passagem.

Desde já o meu abraço e felicitações ao Armando, que com a dedicação e persistência que se lhe conhecem noutros campos, se tem movimentado com sucesso e de forma totalmente independente num meio nem sempre - ou quase nunca - encorajador para quem está a começar. Note-se que este é o segundo avanço, e o terceiro está já em marcha, portanto, apertem os cintos!




O segredo está nas dinâmicas, Ana...

Não basta conseguir decrifrar correctamente a partitura. Não chega que os dedos respondam à instrução que o cérebro lhes envia, depois de lermos a pauta. Não basta fazer com que os sons que saem se traduzam num todo coerente. Ainda faltam as dinâmicas. As dinâmicas, Ana...

Piano, mezzo-forte, pianissimo... E eu, que que mal consigo um mezzo-piano digno desse volume, venho todo o caminho no carro a ouvir Chopin, a ver se me inspiro na delicadeza escorregadia e na força controlada das notas da sua "Polonaise". Mas nada. Claro! Fervo devagarinho...



quinta-feira, 17 de maio de 2012

"DO it!" já está nas bancas

Aqui estendo os meus sinceros parabéns e desejos de felicidades à equipa core da Just Media - António, Sónia, Ana -, que acaba de lançar mais um título no mercado editorial: a "DO it!". Dedicada às vendas e à negociação, a revista foi apresentada oficialmente esta semana, no evento "Masters da Negociação", e vai passar a estar disponível trimestralmente. Para capa de arranque, um exemplo indiscutível de tenacidade e sucesso - como o dos três amigos que referi acima: o homem que não gasta dinheiro em parvoíces!



Sonhando em grego

Grécia deve respeitar plano de resgate para continuar na zona euro. FMI suspende contactos com autoridades de Atenas. BCE corta financiamento a bancos gregos com capitais próprios reduzidos. Alemanha: Chefe da 'troika' na Grécia foi vítima de atos de vandalismo. Corrida aos depósitos na Grécia alarma outras capitais europeias. Bancos na Grécia à beira do colapso total. Grécia, Grécia, Grécia. Crise, crise, crise. O FIM está próximo e NINGUÉM se salva, a menos que tenha roubado a tempo para isso.

Quando penso na Grécia, a imagem que me vem à cabeça é esta:



Praia Myrtos, Kefalonia - Grécia

terça-feira, 15 de maio de 2012

Este não devia ter deixado as trevas

Esperava consideravelmente mais de "Dark Shadows". E da tripla Burton/Depp/Bonham-Carter, já agora. Tinha acontecido há tempos, com "The Hangover II", e repetiu-se agora. A decepção, entenda-se. É o que inexoravelmente acontece quando todas as melhores cenas de um filme são exploradas nos trailers promocionais.

Casting interessante, caracterização condizente com o fantasioso estilo burtoniano - embora longe da que se encontrou em "Alice in Wonderland" -, mas um enredo sem nada de novo para surpreender, nem sequer uma tentativa mal sucedida de aprofundamento das personagens.

Acaba por ser um filme algo tonto, sem género descarado. Não suficientemente divertido para encerrar uma comédia, nem assustador quanto baste para concorrer com os do género, "Dark Shadows" assenta meramente na persona em que Depp se transformou e na sedução pictórica de Eva Green, não esqueçamos, ex-bond girl. Arrisco mesmo a dizer que a cena mais engraçada de todo o filme está na destruição total do cenário de escritório da vilã, quando Barnabas e Angelique decidem (literalmente) partir a loiça toda, ao som de Barry White...


Explicar o que não se explica, mas sente

Cerca de uma semana depois de o ter adquirido, estou praticamente a terminar a obra "Nunca se Perde uma Paixão - Histórias e Ensaios sobre o Amor", do psicólogo e psicanalista Eduardo Sá.

Redigido com base em histórias reais, recolhidas e adaptadas de consultas do médico, bem como de introspecções e experiências pessoais suas, o livro merece aqui o meu destaque porque responde de uma forma que achei bonita a algumas das perguntas fundamentais sobre o tema amor - desde sempre e, desconfio, para sempre, um dos mais complexos de se escrever sobre. Eis alguns excertos, de que gostei particularmente.

"Reconheço que quase ninguém gere a sua vida: surfa nela. Ou se preferir, é arrastado por ela. Na verdade, a maioria das pessoas sente, muito depressa, que fica encurralada em compromissos. Vive como se fosse morrendo, para a vida, todos os dias. E, pior, sente (em inúmeras circunstâncias) que dorme com o «inimigo». A maioria das pessoas sente que passou, cedo demais, das fantasias em torno da sexualidade, da adolescência, para a pré-reforma com a vida. Sem nunca namorar com ela. Como se muito cedo se tivesse tornado, para sempre, tarde demais. (...) É por tudo isto que eu acho que devia ser proibido casar com o primeiro namorado. E, já agora, casar para sempre. Se errar é aprender, porque é que há quem queira que acertemos nas relações amorosas à primeira? Como em tudo o que nos torna sábios, precisamos de errar para aprender. (...) Todas as relações morrem. Todas. Sobretudo as mais preciosas. Porque só a essas pessoas exigimos que nos deem, para sempre, os gestos e as palavras ao nível de tudo o que já deram. Ora, quando alguém nos dececiona, morre um bocadinho dentro de nós."

"Eu acho que a maioria das pessoas se sente infeliz porque, no fundo, sofre de tanto cultivar um amor sem objeto. Um amor à procura dum amante. Acho, mesmo, que a maioria das pessoas não é amável, todos os dias, porque vive - com uma culpa secreta - esses falhanços. Só não somos amáveis para os outros quando nos sentimos mal amados por quem amámos. Não sendo amáveis nunca seremos amantes, Amáveis no sentido de nos abrirmos, sem reservas, para o amor. E é por tudo isto, Alice, que sempre que chegamos a casa e sentimos que não temos ninguém à nossa espera, somos infelizes. Somos infelizes porque descobrimos, de surpresa, que não há ninguém que nos faça voltar para casa um pouco mais depressa."

"Quando nos apaixonamos, nunca é para sempre. Será - no mínimo! - para a eternidade. Mas, depois, quando damos por isso, desapaixonamo-nos. O que preocupa, de verdade, é esta sensação (desconfortável) das paixões nunca durarem para sempre. E que tenham um prazo de validade semelhante ao dos antibióticos."

"(...) E há, ainda, as pessoas que, depois dum grande amor, nunca ficam, unicamente, nossas amigas. Não sei como se chama a quem nem fica amigo nem amor. Não encontrar um nome que descreva alguém assim talvez queira dizer que essas pessoas ficam em todo o lado e em lugar nenhum. E, se bem me parece, é nisso que elas incomodam mais."


Impossível fartar

É tempo de fecharem a boquinha

Todos os anos é a mesma conversa. Com a aproximação do tempo quente e a mudança para trajes mais leves, eis que começam as preocupações com o peso e o corpo. Ninguém se acha com disposição para fazer má figura no bikini, fato de banho ou calção. Primeiro que tudo, a imagem! Com isto, chegam também 1.001 campanhas, marcas e produtos para, num miraculoso intervalo de tempo e sem esforço, se alcançar a medida e o aspecto desejados. E claro, logo a seguir chovem as queixas à Deco Proteste e à Ordem dos Nutricionistas, que alertam para o óbvio: receitas com super-poderes são coisa que não existe.

Uma pergunta faço eu: quando é que estas pessoas se mentalizam de que têm é de aprender a fechar a boquinha, regrar a alimentação que fazem durante todo o ano - porque não com ajuda profissional para o efeito - e investirem numa qualquer actividade realmente física, ao invés de gastarem as pontas dos dedos em consultas na internet em busca do último comprimidinho mágico vendido, tantas vezes, de forma ilegal?

Francamente, espanta-me e aborrece-me que, numa sociedade dita evoluída como a que temos hoje, ainda existam alminhas que acreditam mesmo ser possível perder 5 ou 10 kgs em escassos dias, sem prejuízo para o corpo ou para a mente. Nunca lhes terá ocorrido a gravidade das consequências? Se calhar, em vez de uns aloés vera para a barriga deveriam antes considerar uns drunfos para a caixa dos pirolitos - claramente ela não está a funcionar bem. "Kilos a menos a qualquer preço e para ontem, mas assim que estiver a torrar no areal, ai de mim se não marcha a maior bola de manteiga que o homem trouxer na cesta..."

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Piano mudo

Às vezes dizem-nos coisas tão absurdas que até nos custa a acreditar nelas. Como hoje. Faleceu Bernardo Sassetti, que tanto prazer me proporcionou ainda há meses, com o concerto "3 Pianos", no Centro Cultural de Belém. E alguém me dizia ao telefone, momentos depois, comigo ainda incrédula: "Mas porque estás tão admirada, para se morrer só é preciso estar vivo e desde que nascemos que é para aí que caminhamos".

Acompanhava desde há algum tempo e com curiosidade o percurso do pianista, que chegou a ser tema de algumas conversas nas aulas de instrumento - o mesmo - que tenho todas as Quintas-feiras. Parece mentira tamanho desperdício de juventude e talento. Nele apreciava sobretudo a inovação estética e a postura descomprometida, até um pouco bizarra, sem dúvida diferente da maneira clássica, que facilmente se associa a alguém cuja profissão é o piano.

Podia ter escolhido outro dia para comprar o disco que andava para adquirir há tanto, mas que fazer? O ser humano é mesmo assim. Liguei para a Clean Feed Records, falei com a Madalena e dei lá um pulo há bocado. O edifício está em obras e existe um semi-caos instalado. O rapaz que registou a minha compra falou-me numa "nuvem negra"... E o telefone da editora não pára de tocar.



Ele há tipos habilidosos...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Calor e livros

Se há coisa que me põe bem disposta a valer é andar no meio de livros. Ver livros. Mexer em livros. Cheirar livros. Assim aconteceu hoje e estou satisfeita, de peito cheio. O calor abrasador que se fez sentir no Parque Eduardo VII não me esmoreceu o "apetite" e o resultado até foi bem controlado: cinco novos títulos, um oferecido, para devorar quando for o momento. (Finalmente) dei a oportunidade que andei a adiar durante muito tempo ao escritor Haruki Murakami, com não um, mas dois volumes: um bastante recomendado por um amigo e outro trazido por acréscimo, dado o desconto considerável que tinha na feira. E, de repente, a minha mesa de cabeceira parece uma muralha!



terça-feira, 8 de maio de 2012

Sobre a "açorda" do Pedro Rolo Duarte

Parece consensual, tanto para os profissionais da análise política televisionada (e não só) como para o comum anónimo sem tempo de antena mas dotado de senso comum, que o resultado de maior destaque das últimas eleições presidenciais em França foi, não a vitória de Hollande ou a não-reeleição de Sarkosy, mas os cerca de 18% de votos recolhidos por Marine Le Pen na primeira volta do sufrágio. Uma candidata de extrema direita - que, imagino, não coma criancinhas ao pequeno-almoço mas também não angaria a minha simpatia - decidiu o rumo do duelo final.

Nas legislativas levadas a cabo na Sérvia, também no último fim-de-semana, o partido nacionalista SNS, até aqui na oposição, recolheu praticamente 25% dos votos, algo que não lhe permitiu garantir a maioria absoluta, mas alavancou as presidenciais, decorridas em simultâneo, através de um reforço positivo ao seu candidato, que segue agora para o próximo "nível" do "jogo". 

Por outro lado, ouvi há pouco num noticário que, na Grécia, o filme da falta de uma aliança política que possibilite a governabilidade interna e tranquilize minimamente os mercados financeiros se mantém, sendo de realçar a eleição de elementos - quase 20 - do partido neo-fascista para o Parlamento.

Já diz o povo que em casa onde não há pão, toda a gente ralha e ninguém tem razão... Mas curiosamente (ou não), para a Alemanha não se passa nada. Merkel já foi adiantando que o pacto orçamental assinado pelos 25 não está aberto a "negociações" e que os shifts políticos que se estão a registar na Europa não devem merecer "dramatizações". Genial!

Pedro Rolo Duarte refere-se a tudo isto como a "açorda" num dos últimos posts do seu blogue. Eu arriscaria ser um pouco nada mais corrosiva. Já vimos esta fita antes e não gostámos do fim. É que no meio de todo aquele enredo cinzento, absolutamente enfadonho, uma só personagem tinha roupa colorida. Um sobretudo encarnado, não era?


Procter & Gamble rumo aos Olímpicos de Londres

Apesar de, em Portugal, só estar a ser transmitida uma versão reduzida, achei esta campanha muito bonita. E para quem tem a sorte de, como eu, contar com uma mãe fervorosamente apoiante, faz ainda mais sentido.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Há fixações que se pegam

Desde que pude apreciar ao vivo o resultado maravilhoso da fixação de Degas pelo tema "ballerinas", nunca mais as observei da mesma forma. Temo que venha a ser recorrente aqui também. 



Mistério botânico na Polónia