segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A relíquia que sobreviveu a Titanic

O violino de Wallace Hartley, músico na banda do famigerado Titanic, foi este Sábado vendido em leilão por 1.7 milhões de dólares. Este objecto icónico é assim, de longe, a mais cara recordação de sempre associada ao navio de passageiros e atesta o poder de atracção que o tema, 101 anos depois, ainda desperta junto de coleccionadores e curiosos.

De acordo com passageiros sobreviventes da tragédia, a banda de Hartley continuou a tocar em formação enquanto o enorme navio se afundou, na esperança de manter os passageiros calmos e sabendo que dificilmente iriam a tempo de salvar as suas próprias vidas.

O corpo do músico foi recuperado do oceano alguns dias após o afundamento do Titanic, ainda com a caixa do violino atada às costas. Em 2006 o instrumento foi encontrado num sótão particular no Reino Unido e posteriormente autenticado por via de testes aos depósitos de água salgada e da placa de prata que o adorna, com uma dedicatória da noiva de Hartley.

Mais um caso em que se o objecto falasse...


 

domingo, 20 de outubro de 2013

Piada de músico!

 

Fotografia | Bolo de chocolate e... Espinafres!

 
 

O rapaz do metro

O dia tinha sido longo, cheio, e ainda tinha pela frente o caminho de regresso a casa. Mas entrei na carruagem e dei-me por satisfeita ao encontrar um lugar onde me sentar até ser altura de mudar de linha.

O pensamento era este quando um rapaz entra e ocupa com uma das mãos o varão mais perto do meu lugar. Pelo ar não teria mais do que 15 ou 16 anos - cabelo curto, algo estouvado, blusa desportiva e calças penduradas abaixo da linha da cintura. Vinha entretido com o telefone. "Talvez tivessse saído da escola há pouco", ocorreu-me.

Nisto, ele vira-se e à minha frente fica a mochila que carrega em ombros. Sem marca da moda ou desenhos que reconheça. Sem crachás ou emblemas. Só uma frase escrita a marcador preto, em letras médias. "Amo-te muito".

Aquela imagem fez-me sorrir durante o resto do caminho. E achei que merecia um post.


 

Verdades ditas a brincar

Ia à espera de uma paródia familiar e foi exactamente isso que "A Gaiola Dourada" me proporcionou. Ruben Alves conseguiu levar à tela um filme honesto sobre estereótipos que reconhecemos como tipicamente nossos (portugueses) de forma divertida, e contudo, sem se deixar cair no banal.

Está lá tudo: a caixa de folha com biscoitos, os tremoços, a mini, os pastéis de bacalhau, o gaspacho, os tupperwares com enchidos - e isto só no departamento gastronómico! Amália omnipresente (ainda que desenhada a renda), "A Bola", o sofá forrado a plástico, Alcazar (perdão, Salazar), Quim Barreiros, as alcoveiteiras, o grelhador de rua, os brejeiros, as paisagens do Douro... Até o Pauleta aparece!

As interpretações cheias de sentimento de Rita Blanco (Maria) e de Joaquim de Almeida (José) dão corpo a dois emigrantes credíveis, trabalhadores incansáveis e, em certa medida resignados, que podiam perfeitamente ser muitos dos que se mudaram para França há duas gerações e todos os dias acalentam o sonho do regresso às origens.

Não me surpreende que esta fita, de vincada dimensão humana, tenha destronado alguns títulos de Hollywood tanto em Paris como em Lisboa nos últimos meses - a influência da nossa "marca" é obviamente sentida na cultura de ambos os países.


 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Fotografia | Vai um extreme makeover???


À confiança, no 60E da Avenida Almirante Reis, em Lisboa!

Lisboa está cada vez mais Londres, mas com bom tempo!

Ontem levaram-me a descobrir o Brick Café - www.brickcafe.pt - na Rua de Moçambique, junto da Avenida Almirante Reis, em Lisboa.

Acolhedor em espaço, aprazível em música ambiente e com um sortido de opções que vai dos chás quentes/frios e sumos naturais aos scones, muffins e fatias de bolo, passando por alguns pratos mais substanciais (inclusivamente sopa e quiches), o Brick Café lembra-me muito o tipo de locais que facilmente se encontram em Londres, para marcar um chocolate quentinho e uma consulta no Wi-Fi gratuito.

A decoração é despojada e justifica o nome; uma parede de tijolo confere a cor necessária para não se pedirem muitos mais detalhes cénicos. Há uma máquina de café à antiga, um telefone dos primórdios dos TLP e uma mesinha onde se juntam alguns jornais e revistas para consulta. O serviço foi simpático, disponível e ligeiro. Recomendo!

Para os interessados, o brunch é servido das 11h00 às 15h00, nas versões pequena ou completa! Nham nham...


 
 
 
 
 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O Bruno e a Manuela no desvario e loucura!

A actualidade do poeta António Aleixo (1899-1949)

Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.

Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.

Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.

Não me deem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!

Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.