As celebrações do Jubileu de Diamante de Isabel II, coroada faz agora 60 anos, estão a decorrer debaixo de chuva pesada, como aliás seria de prever, mas num ambiente nacional de união e orgulho absolutamente admirável. Para além de todas as cerimónias consideradas oficiais, e que já de si compõem uma agenda recheada – veja-se o exemplo do desfile de embarcações no Tamisa desta tarde e do grande concerto que decorre enquanto escrevo estas linhas -, foram feitos largas centenas de pedidos de encerramento de ruas para festejos ditos de bairro, pois ninguém no seu juízo perfeito quer ser deixado de fora.
Parece-me consensual dizer que no meio de todo o frenesim mediático que a família real inglesa tem representado nas últimas décadas – arrisco até afirmar que o momento zero da saga Windsor coincidiu com a abdicação de Eduardo VIII – Isabel II tem representado a seriedade e a dignidade que o cargo de monarca supõe com extrema elegância e sentido de Estado.
Acho admirável que depois de uma vida inteira debaixo do olhar público, sempre atento e crítico, esta senhora prossiga composta e imperturbável no seu dever de representante máxima da dinastia monárquica made in UK, algo para o qual parecia não estar destinada e que acabou por ser, provavelmente, a salvação da mesma.
Parabéns à Rainha, pelo seu exemplo notável de lealdade e firmeza, e aos ingleses, por mais uma festa de arromba!
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