Embora as impressões públicas da retratada tenham sido (obviamente) muito positivas, o quadro arrisca, a meu ver, uma entrada a pé juntos na galeria dos flops artísticos modernos. Orientado para criar um retrato que focasse o lado mais pessoal e natural do novo membro da "Firma", em detrimento da tradicional postura oficial, o artista Paul Emsley escolheu avançar para um retrato de meio corpo, em fundo negro, no qual a Duquesa não revela nenhuma da jovialidade ou brilho que lhe são reconhecidos.
Não podendo ser considerado realista - embora tente, pois não se enquadra em nenhum outro movimento -, o quadro faz a rapariga parecer 20 anos mais velha. O olhar carregado, as maçãs do rosto ultra delineadas e a linha de queixo demasiado angulosa só encontram concorrência negativa na falta de expressividade global do rosto: nem sorriso nem semblante sério. E se isto não é necessariamente um atributo mau - pense-se no ar dito enigmático da Mona Lisa de Da Vinci -, neste retrato tudo se conjuga para Kate Middleton emanar uma aura não menos que pérfida...
Antecipava uma peça de arte que fizesse o prolongamento geracional do Lucien Freud da Rainha Isabel II e acabo a observar, desconfiada, a personagem Vigo de Carpátia em chemise Alexander McQueen.
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