quinta-feira, 25 de julho de 2013

Vão abrindo o vinho, vamos tocar qualquer coisa ali na sala...

Valeu a pena esperar tanto pelo concerto da última noite. Pela estrela de cartaz ao piano, pelos músicos que a acompanharam em grande estilo e pela própria organização do espaço do evento - os jardins do Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras -, que transmitiu toda a atmosfera cool jazz fest anunciada.
 
Gostei do caminho de acesso à plateia, iluminado por candeeiros feitos com instrumentos musicais; das ilhas temáticas com bebidas, gelados, música e até um piano arelvado, junto do qual se podiam tirar fotografias; da qualidade do som e dos ecrãs laterais - pese embora o meu bilhete fosse realmente bom (leia-se, caro).

O alinhamento surpreendeu-me, uma vez que compareci no concerto sem conhecer ainda muito de "Glad Rag Doll". Parece-me, contudo, que o disco faz a pianista avançar para um novo nível de conforto vocal e, em resultado, toda a noite decorreu em ambiente de intimidade.

As canções do período entre as duas Grandes Guerras conferem margem para interpretações envolventes, sedutoras diria, e muito nas tónicas típicas de Krall: os blues e o jazz. E a ajudar, não uma orquestra mas uma banda de cinco elementos que sublima a presença encantadora da intérprete.

As alusões às tardes ao som de discos antigos com o pai, às diabruras dos filhos gémeos, às saudades do Canadá, aos almoços fartos com amigos quando de passagem por Lisboa... Que presença, Diana... E que boa companhia! 



 

Crítica ao concerto de ontem no Diário de Notícias: http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=3341290&seccao=M%FAsica

 

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