Se há quatro anos Barack Obama fez história com a eleição para o cargo de todo-poderoso, hoje somos levados a equacionar que, sem a popularidade e appeal mediático da mulher, que deliberadamente o humaniza e aproxima do americano anónimo, a reeleição do Presidente dos Estados Unidos da América poderá facilmente ser posta em causa.
É interessante verificar como, no espaço de apenas algumas décadas, a importância política real - e não apenas como complemento diplomático - das esposas de homens com cargos de grande relevo e, genericamente, das mulheres um pouco por todo o mundo, tem evoluído. Desde sempre que me interesso pelos grandes momentos da política internacional e nunca como agora me apercebi tanto da relevância e incontornabilidade femininas em questões decisivas como o resultado de uma eleição presidencial.
Nomes como Eleanor Roosevelt, Elizabeth Bowes-Lyon, Jacqueline Kennedy, Eva Perón, Margaret Thatcher, Raisa Gorbachyova, Cherie Blair, Hillary Clinton persistem nas Wikipedias desta vida pelos mais variados motivos, fortemente "desligadas" dos maridos. A estas acrescem outras a quem nem se conhecem os respectivos - como Madeleine Albrigh, Condoleeza Rice, Angela Merkel, Dilma Rousseff, Cristina Fernández e outras - algo a que acho alguma piada.
O discurso de Michelle Obama é já considerado por alguns meios como o melhor já proferido até hoje numa convenção. Por conhecer estão as intervenção de Bill Clinton e o do próprio Presidente, no dia de fecho do evento. A ver vamos qual recolherá mais simpatia entre os indecisos.
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