quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Onde é que já vimos este filme?

A surpresa afinal não foi - há meses que se especulava sobre a aproximação do anúncio de noivado de William de Gales com Kate Middleton, mas só ontem foi finalmente tornado oficial. Quem me conhece sabe que tenho algum interesse parvo no tema, pelo que não admira que tenha ficado curiosa quanto à aproximação do casamento real mais importante desde que em 1981 - era eu demasiado pequena para estar atenta -, Carlos e Diana deram início a um dos mais tortuosos capítulos da história real inglesa.

Quanto aos noivos desta geração, nada a dizer. Andam e largam-se há tempos, como qualquer parelha comum; só mudam mesmo os cenários das fotografias de férias - para meros mortais como eu tudo aquilo é inatingível. Ele, o solteiro mais cobiçado da Europa; ela, uma morena boneca de sorriso simpático a quem cai bem o azul. E foi precisamente de azul que nos apareceu ontem numa das salas do Palácio de Buckingham, envergando o anel de noivado que já foi de Diana de Gales - segundo William, uma forma simbólica de ter a mãe por "perto" quando obviamente tal não é possível.

Comentei lá em casa que, apesar da explicação ternurenta, não achei "piada" ao gesto. Para além do significado que a peça tem por si mesma, e que está irremediavelmente ligado à sua dona original, quis-me parecer que já começaram a querer colar a Kate um rótulo que não lhe compete. Lady Di, com todas as suas qualidades e paranóias, houve apenas uma e (infelizmente) já cá não mora. À semelhança do que tentaram fazer, sem sucesso, com Sophie Rhys-Jones, hoje Condessa de Wessex, ouvi ontem comparações estapafúrdias em relação à menina Middleton que, francamente, acho dispensáveis. Diz o povo e bem, cada macaco no seu galho... Já vimos este filme, conhecemos-lhe o fim... E não é para rir.

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