quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

À distância de um post

Hoje aconteceu-me algo giro! Recebi uma mensagem do artista João Beja, autor da ilustração que escolhi para um post que publiquei no dia 6 de Maio de 2011, sob o título "Revisitar Pessoa".

Uma vez que não o fiz na altura, pois desconhecia a assinatura, julgo que é mais do que justo fazer-lhe menção de autoria agora e convidar todos os que me lêem a espreitarem também o blogue www.jobeja.blogspot.com  e o site http://www.artmajeur.com/en/artist/joaobeja, onde poderão encontrar mais exemplos do trabalho deste autor.

Recordo-me que, na altura, a imagem me pareceu tremendamente bem conseguida, misturando a iconografia tradicional que associamos a Fernando Pessoa (o chapéu, os óculos, o bigode, o fato escuro), com a traça lisboeta, que tanto me seduz, como pano de fundo.

Caro João, se calhar a voltar a ler-me, muito obrigado pela atenção e até breve!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Fotografia | Hiiic... Haja estômago


Mais exemplos de cortar a respiração aqui: http://www.guardian.co.uk/artanddesign/gallery/2013/jan/30/photography-art#/?picture=403239511&index=0 

Sempre a abrir, montanha acima, rumo ao recorde

Fiquei bastante satisfeita ao saber que Carlos Sá, ultramaratonista português, bateu o recorde do mundo na subida à montanha Aconcagua, a mais alta do continente americano. Estamos a falar de um total de 88 km feitos em 15 horas e 42 minutos com menos 40% de oxigénio e em temperaturas frequentemente abaixo dos -40ºC! Um feito desportivo que, contudo, me quis parecer ter pouquíssimo destaque nos meios de comunicação nacionais.

Conta-se, provavelmente, pelos dedos de um par de mãos o número de pessoas capazes de competir a este nível, mas a conquista do português passou quase despercebida entre notícias de governos em morte lenta, passageiros emborcados ribanceira abaixo em autocarro de excursão e adolescentes pedrados após visita a smart shop...

Resumindo e baralhando: os meus parabéns ao senhor e continuação de boas subidas!

Página oficial do desportista aqui: www.carlos-sa.com
 

A Rainha não está morta! Viva o Rei!

Não é todos os dias que um país ganha um monarca novo, especialmente se o anterior ainda for vivo! É o que está a acontecer na Holanda, com a abdicação da rainha Beatriz em favor do filho mais velho, o príncipe Willem-Alexander, após 33 anos de reinado.

Superar a popularidade de Beatriz não vai ser tarefa fácil, já que grande parte da tradição monárquica hoje inerente à casa de Orange tem sido mantida à custa da figura dedicada da rainha cessante. Contudo, Willem conta com o apoio generoso de Máxima, a esposa argentina que desde o primeiro dia arrebatou os holandeses, para cumprir o seu dever de rei - o primeiro desde 1890.

Evitando, mais uma vez, possíveis controvérsias, a Casa Real já fez saber que nem o pai nem a mãe de Máxima estarão presentes na Coroação de 30 de Abril. As ligações em segundo grau da rainha to be ao regime militar da junta que governou a Argentina entre 1976 e 1981 - o pai de Máxima foi Ministro da Agricultura nesse período - são uma nuvem escura que insiste em ensombrar o papel público da princesa.

Mas se é verdade que os pais não escolhem os filhos, não menos verdade será que os filhos não escolhem os pais e, neste caso, com alguma facilidade o glamour e espontaneidade de Máxima, além do exotismo do seu toque sul-americano, deverão fazer da ex-executiva do HSBC a monarca com mais pinta (e tango) que a Holanda já teve (ou deverá vir a ter).


 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A Nazaré hoje esteve assim!


McNamara, anda, faz-te à vida!
 

domingo, 27 de janeiro de 2013

Invocada ontem, na Mouraria


Tarantino volta a fazer das suas

Começa na fonte escolhida para as letras do genérico inicial e segue até às opções de banda sonora nos momentos mais improváveis - "Für Elise" em harpa num western spaghetti?!? "Django Unchained" não podia ter outra assinatura senão a do provocador Quentin Tarantino que, não obstante a fixação por uma brutalidade visual a roçar o bizarro, apresenta mais um filme cheio de grandes desempenhos.

Uma salva de palmas para Christoph Waltz, por quem já tinha ficado bastante bem impressionada em "Inglorious Bastards". O escárnio é, sem dúvida, a sua praia. Jamie Foxx e Leonardo di Caprio mostram-se-lhe parceiros à medida, mas vejo em Samuel L. Jackson o segundo grande destaque da fita. Django Freeman vai crescendo em carisma até se afirmar como herói na grande vingança final; Stephen, o "bolinha de neve", confere arrepios do princípio ao fim da sua breve participação.

Achei a paródia ao Klu Klux Klan absolutamente hilariante, e de uma beleza memorável a cena do salpicar das bolas de algodão com sangue. Imagino que a profusão bélica que acompanha toda a duração do filme (duas horas e 45 minutos de fita) receba ovação de pé do lobby americano das armas mas também é sabido que o tema escravatura nunca é recebido com "agrado" pela crítica... Nomeado para cinco prémios da Academia, aguardemos para ver como se comporta no próximo dia 24 de Fevereiro.


 

É a andar que a gente se surpreende

Chegámos ao ponto de encontro perto da hora combinada e estavam já mais de 80 pessoas reunidas junto à Capela de Nossa Senhora da Saúde, em pleno Martim Moniz. Dos guias da tarde, nem sombra! Rapidamente percebemos que iríamos agarrar na proposta do projecto "Renovar a Mouraria" e fazer "A Rota das Tasquinhas e Restaurantes" por nós mesmos, de mapa na mão e máquina fotográfica em punho. Fomos.

Casario amontoado, pátios recônditos, caminhos entrecruzados, escadarias sinuosas, assim descobrimos o "bairro de mouros", no sopé do Castelo de S. Jorge, lembrando amiúde a lenda do cavaleiro mártir, entalado no portão. Por ali nos entretivemos em conversa, ao sabor da ginginha e da cerveja, dos salgados e das bifanas, encantados com a música interpretada ao vivo por gente da terra. "Aqui o fado acontece", disse-nos o dono da tasca Os Amigos da Severa, enquanto nos deliciávamos com a decoração folclórica do local.

Subimos e descemos pela Rua da Costa do Castelo e que surpresa convidativa a que tivemos no Teatro da Garagem, concretamente no café alojado no piso de baixo - www.teatrodagaragem.com/cafedagaragem.php. A vista panorâmica através do grande janelão de vidro deixa antecipar belos fins de tarde, com um copo de sumo e uma fatia de bolo...

Ainda nos deparámos com a exposição fotográfica ao ar livre de Camilla Watson - www.camillawatsonphotography.net -, imediatamente antes da Cantiga Baldraca e o fim do passeio aconteceu de novo já perto da Baixa, com o refrão de "Cheira Bem, Cheira a Lisboa" ainda a ecoar-nos nos ouvidos. Vou voltar à Mouraria!

 
 
 
  
 
 
 

BBC analisa o "fenómeno" da sangria portuguesa

Portuguese flee economic crisis
 
More than 2% of Portugal's population have emigrated in the past two years, since the country entered the worst recession in decades, officials say. Jose Cesario, the secretary of state for emigrant communities, said up to 240,000 people had left since 2011.

Most were young, highly-educated people fleeing to Switzerland or the oil-rich former Portuguese colony Angola. He said more would probably have emigrated had job prospects in Europe not taken a turn for the worse.

Portugal was long known as a country of emigration, says the BBC's Alison Roberts in Lisbon, but during the 1990s the outflow reduced sharply and immigrants flooded in, as the economy boomed. In the current unprecedented crisis that process has been reversed - this time with many highly educated youngsters leaving, adds our correspondent.

But while in the 1960s most emigrants went to France, today they are more likely to head for Switzerland - where Portuguese now constitute the largest foreign community - or Angola.

"There's a very large increase in Portuguese emigration to Angola. We admit that in 2012 between 25,000 and 30,000 Portuguese left for Angola," Mr Cesario said, adding that the figure was between 5,000 and 10,000 higher than in the previous year.

The numbers heading for Mozambique were also growing fast, he added, while many Portuguese were still striking out for countries closer to home such as Germany, the Netherlands and the UK.

Only Europe's economic slowdown and the high level of unemployment in other EU nations had kept overall emigration from being far higher, the secretary of state said on Friday.



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Não acredito em coincidências

Reparei nelas assim que entrei no escritório mas não me manifestei. Estava concentrada no motivo que me levou ao local. Mas, à despedida, o tema acabou mesmo por vir à baila.

"São bandeiras de prece tibetanas", explicou ela, "quisémos começar o ano com uma energia boa aqui", concluiu com um sorriso. "Sei perfeitamente o que quer dizer", respondi-lhe eu, encantada.




Tradicionalmente, as bandeiras de prece são dispostas em conjuntos de cinco, cada uma com sua cor, em representação dos elementos necessários à harmonia. Dispostas da esquerda para a direita, respeitam uma ordem específica: azul (céu, espaço), branco (ar, vento), vermelho (fogo), verde (água) e amarelo (terra). Uma vez içadas e sopradas pelo vento espalham boa fortuna e a purificação dos mantras pelo espaço.
 

Dormimos melhor quando não sabemos de histórias assim

A 11 de Setembro de 2001, 19 terroristas da al-Qaeda levaram a cabo o maior ataque terrorista da História. Nove anos, sete meses e três semanas depois, OBL (Osama bin Laden tal como referido no filme a que pretendo aludir) foi assassinado por forças especiais americanas num complexo em Abbottabad, no Paquistão, num ataque que teve lugar às 00:30 - zero dark thirty, de acordo com o jargão militar escolhido para nomear o mais recente trabalho cinematográfico de Kathryn Bigelow.

É precisamente sobre a ligação entre os dois momentos descritos acima que a fita se desenvolve até ao desfecho que se conhece. Muito no estilo machista de espionagem, "Zero Dark Thirty" não recebe qualquer nota de equilíbrio feminino da personagem de Jessica Chastain, a irascível agente da CIA que faz da captura do Inimigo Público Nº1 da América sua missão pessoal, mas que tanto aparece em campo de camuflado, como posaria para a capa da Vogue com os seus caracóis cor de fogo e óculos espelhados ao estilo aviador.



Ao que parece, o argumento desenvolvido por Mark Boal, ex-jornalista, mantém-se solenemente colado à versão dos acontecimentos provida pela CIA, a par de fontes anónimas a que Boal recorreu para imprimir veracidade ao filme, entretanto nomeado para o Óscar deste ano na categoria principal.

Mas se há uma conclusão que se retira da película é que a tortura, com "resultados" ou sem eles, está totalmente errada. Privação de sono, ruído branco, waterboarding, confinamento, posições de stress, está lá tudo. O visionamento das cenas que tanta polémica têm levantado sugere o inferno que é suposto, mas Bigelow consegue fazê-las parecer necessárias... Talvez o sentido de justiça saia reforçado mas a noção de certo seguramente não.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Memorable quote - Anónimo

"Not everything
is meant to be.
But everything
is worth a try."
 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

E uma destas para o quintal de trás?!

Fiquei de queixo caído com isto: eis a Nemo 33, a piscina mais profunda do mundo. Fica situada na Bélgica e tem uma profundidade máxima de 34 metros! Estamos a falar de 2,5 milhões de litros de água, meus amigos, com várias cavernas submarinas para a simulação de mergulho e AINDA - como no saudoso Um, Dois, Três - janelas subaquáticas que permitem aos visitantes exteriores espreitar quem se diverte a várias profundidades... Quero!!! 


Página oficial aqui: http://www.nemo33.com/en

And the plot thickens...

Quem disse que o mundo da dança clássica vivia só de piruetas, démi-pliés e elegâncias do tipo? Longe de indiferente a questões de competitividade e intriga, o ballet mundial foi há um par de dias abalado com, imagine-se, um ataque com ácido a Sergei Filin, até aqui Director Artístico do conceituado teatro Bolshoi.

Internado e operado de urgência aos olhos, ainda não é seguro que Filin escape a danos permanentes, nomeadamente à cegueira. A antiga bailarina Galina Stepanenko foi entretanto nomeada para o cargo deixado "vago", mas muito se comenta sobre as motivações do crime - além, obviamente, da identidade do(s) culpado(s).

Numa companhia com 213 bailarinas e bailarinos, mestres de ballet, ensaiadores, músicos, massagistas, directores de casting, consultores, produtores e sabe Deus que mais, seguramente não se consegue agradar a todos! Mas quando os rumores que circulam se referem a uma possível vingança pessoal e até à intervenção da Máfia, fica difícil imaginar os bastidores como o espelho do que se vê em palco... C'est dommage.

  
 

Programa para Sábado que vem - quem alinha?


Mais informações aqui www.renovaramouraria.pt e aqui http://renovaramouraria.blogspot.pt
 

domingo, 20 de janeiro de 2013

OMG! Quero umas IGUAIS a estas!!!

 

Palavra do Dia: Coaching

A tarde de hoje foi dedicada ao tema Coaching, num encontro social que também meteu trabalho ao barulho. Das vertentes Business e Executive às áreas Life e Personal, a conversa pareceu poder não ter fim, de tantas que são as ligações possíveis!

Fiquei especialmente interessada em saber mais sobre o papel do Coaching no desenvolvimento de estratégias aplicadas ao ramo da Inteligência Emocional - matéria sobre a qual (ainda) tenho muito a aprender...


 

Muito booommm!

Fotografia | E eis senão quando "tropeço" em Louis Lander-Deacon

 

sábado, 19 de janeiro de 2013

Venha de lá (também) a cura para a desilusão

Afinal, o que se pensava ser impossível, era mesmo. Depois de enganar meio mundo (alguns nunca o acharam santo) com desmentidos às acusações recorrentes de doping, Lance Armstrong finalmente confessa que não ganhou sete Voltas à França de forma limpa. Despojado de medalhas - incluíndo o bronze Olímpico de Sidney -, distinções sociais e afastado da fundação criada com o seu nome, vê-se agora na iminência de ter de devolver prémios milionários às marcas que, até aqui, representou.

Reabilitação pública talvez seja algo que demore a acontecer. A meu ver, Armstrong manipulou a concretização da esperança, um ponto fraco demasiado sensível quando analisado à escala. Criou e alimentou (com mais ou menos ajuda) um mito fervorosamente desejado por muitos, para depois o fazer tombar com deveras pouca elegância. A ideia de um grande atleta, respeitado entre pares e não só, se ver atingido por uma doença possivelmente mortal, que supera para regressar à vida desportiva ainda mais imbatível foi, durante bastante tempo, inspiradora a vários níveis. Exemplo clássico do síndrome do Super-Homem.

Serve mais este exemplo para atestar duas verdades: 1ª o mundo da alta competição, seja em que modalidade ou formato for, tem muito pouco que ver com desporto; 2ª quando algo nos parece demasiado bom para ser verdade, inexoravelmente não passa disso mesmo.

Conseguem sentir o cheirinho ao açúcar queimado? Huummm...

 
 
 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Auto-retrato, daqui a 20 anos

Quando há uns tempos me constou que a National Portrait Gallery de Londres tinha comissionado um retrato oficial da Duquesa de Cambridge para exposição breve, o meu pensamento foi: "Bolas, ainda agora de lá vim e já estão a inventar novidades deste calibre...". Mas o quadro foi finalmente revelado na última Sexta-feira e, céus, que desilusão...

Embora as impressões públicas da retratada tenham sido (obviamente) muito positivas, o quadro arrisca, a meu ver, uma entrada a pé juntos na galeria dos flops artísticos modernos. Orientado para criar um retrato que focasse o lado mais pessoal e natural do novo membro da "Firma", em detrimento da tradicional postura oficial, o artista Paul Emsley escolheu avançar para um retrato de meio corpo, em fundo negro, no qual a Duquesa não revela nenhuma da jovialidade ou brilho que lhe são reconhecidos.



Não podendo ser considerado realista - embora tente, pois não se enquadra em nenhum outro movimento -, o quadro faz a rapariga parecer 20 anos mais velha. O olhar carregado, as maçãs do rosto ultra delineadas e a linha de queixo demasiado angulosa só encontram concorrência negativa na falta de expressividade global do rosto: nem sorriso nem semblante sério. E se isto não é necessariamente um atributo mau - pense-se no ar dito enigmático da Mona Lisa de Da Vinci -, neste retrato tudo se conjuga para Kate Middleton emanar uma aura não menos que pérfida...

Antecipava uma peça de arte que fizesse o prolongamento geracional do Lucien Freud da Rainha Isabel II e acabo a observar, desconfiada, a personagem Vigo de Carpátia em chemise Alexander McQueen.


 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Culpar quem de quê se é tão bonito!

Hoje foi dia de dádiva!

 

O meu reino por umas mãos daquelas

A ideia de começar o ano com uma ída ao bailado até parece coisa de gente bem, mas calhou! Quase 20 anos sobre a primeira vez que vi Tchaikovsky levado a palco no formato clássico, voltei ao Coliseu dos Recreios para "O Lago dos Cisnes", agora interpretado pelo The Crown of Russian Ballet of Moscow, acompanhado pela Orquestra Sinfónica Estatal Ucraniana.

Tal como desconfiava, reforcei a minha preferência absoluta pelo Segundo Acto, o momento em que se vislumbram pela primeira vez as donzelas cisne e Odette, rainha do lago. Não consigo deixar de ficar encantada com a leveza e graciosidade dos braços e mãos das bailarinas responsáveis por nos fazer acreditar que existem mesmo aves em palco...


Curioso foi o facto do desfecho da história não ter colhido interpretação única entre todos os que comigo se deslocaram a Lisboa! Houve quem achasse que Odette e o príncipe Sigfrido não tiveram a anunciada morte no lago mas antes a "terrena felicidade" prevista pelo folheto do espectáculo, mas também quem concluísse que, ao morrerem, os dois amantes quebraram o feitiço do mago Rothbart e subiram ao céu para uma união eterna... Go figure!

sábado, 5 de janeiro de 2013

Regaleira sem segredos

A manhã de hoje foi reservada para um passeio fantástico na Quinta da Regaleira, em Sintra. Nem as temperaturas baixas que se fizeram sentir nos desmotivaram a aceder ao convite lançado pelo Gabinete de Dinamização Associativa do Montepio Geral e, com a ajuda simpática de um guia, partimos à descoberta dos segredos que o local, rico em simbolismo histórico, reserva a todos quantos o visitem.

Da Alameda dos Deuses à Gruta do Labirinto, passando pelo Poço Imperfeito, Torre da Regaleira, Lago da Cascata e pelo Poço Iniciático - ponto alto do percurso pedestre - nada ficou por explorar. Sempre com explicações ricas à mistura, ainda houve tempo para aprender sobre o Portal dos Guardiões, vislumbrar as Estufas e as Cocheiras, conhecer a Capela e visitar o interior do Palácio, habitado por Carvalho Monteiro e família até 1911.

Manini, arquitecto responsável pelo projecto, foi decididamente um mestre do dramatismo cénico, impulsionado pelo esoterismo do sítio onde, conclui-se, nada consta por acaso ou devaneio artístico. Aliás, as ligações entre as inúmeras influências encontradas por toda a quinta fazem-nos reflectir sobre o porquê de tantas "designações" já que, no fim, a inspiração é única e comum a todas elas, sejam pagãs, templárias, católicas, maçónicas, até satânicas... E não me refiro a Dan Brown :p


 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Há letras que fazem demasiado sentido

Em mood pedestrianista

Que melhor forma de passar o primeiro fim-de-semana de Janeiro do que com uma visita orientada através dos segredos de um dos locais mais misteriosos e emblemáticos da zona de Sintra? Calçado apropriado, agasalho, água e um snack: all checked. Partida para o ponto de encontro em aproximadamente nove horas!


 

Sobre a teoria das fechaduras e do trinco

Julgo que sentir esperança e ânimo redobrados no início de cada novo ano passa por agradecer primeiro pelo que se tem. Não que o que se deseja de novo não seja importante, pelo contrário, os processos funcionam a par (ou assim deviam), mas com tudo o que se diz e publica sobre 2013, acredito que venha a ser ainda mais difícil do que o habitual haver quem cumpra tudo aquilo a que se propôs há quatro dias atrás.

Na parte que me toca, se o resto do ano fluir na mesma disposição da do primeiro dia do calendário, vou certamente procurar estar mais focada em arrumar "gavetas", destrancar "fechaduras" e a escolher portas sem "trinco" do que a matutar tanto sobre "e se's?". E "só" estas já são resoluções e tanto.