domingo, 17 de janeiro de 2010

Um aviso, Lance: cuida-te!

Malta das duas rodas, prometido é devido! A Myka foi hoje testada em cenário real - aqui mesmo pelas redondezas - e há fotografias para começar a compor o álbum de quilómetros versão a pedal. No início é sensato não puxar demasiado pelo esqueleto, portanto, o percurso foi leve. Mas eu diria que comprar o jornal ao fim-de-semana vai passar a ser uma óptima desculpa para tirar o maquinão da garagem e tratar de tonificar os gémeos =)

















Foto 1: Arrábida? Serra da Estrela? Alpes??? Bring them on!
Foto 2: Subi o passeio e, surpresa das surpresas, não malhei!
Foto 3: Com o tio Zé, testemunha dos 1ºs metros de asfalto na Myka
Foto 4: "My precious..."
Foto 5: Tão limpinha... até quando?
Foto 6: Detalhe do quadro, já equipado com reservatório para a água
Foto 7: É tudo uma questão de... pernas!
Foto 8: Havin' fun baby =)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Bykemania é aqui e agora!

É oficial e merece nota de destaque: comprei uma bicicleta!!! (Palmas) Apresento assim ao mundo a minha Myka - quadro de alumínio A1 Premium (geometria de senhora, claro), cassete de sete velocidades, travões V-brake, pedaleiro Shimano, pneus Specialized Fast Trak LK Sport, selim conforme medida óssea (é verdade, mediram-me mesmo) e pintura azul, como só podia.

E para todos aqueles que, lendo isto, achavam que finalmente se iriam livrar da minha presença nas incursões a pé, desmistifico: não, não vou desistir das caminhadas. Pretendo, simplesmente, diversificar as opções de actividade física, meios de locomoção e percursos possíveis. A exploração das redondezas ganha agora toda uma nova dimensão, bem como as dores no corpo logo no dia seguinte...



Próximas aquisições: calções e luvas. Se quero sobreviver às primeiras semanas de treino, nada como uns calções devidamente "acolchoados" nas zonas certas e umas luvas que protejam o meu instrumento de trabalho das cãimbras provocadas pelo frio.

Assim que seja possível trato da sessão fotográfica que o equipamento merece e partilho aqui algumas imagens da minha máquina. E claro, a haver quedas monumentais, também os cortes, raspadelas e nódoas negras terão o seu tempo de antena online...

P.S. - Capacete também já cá canta, estrategicamente oferecido no Natal pelo casal pipoca do Penteado =)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

As bestas humanas

Aviso: a quem espera comprar bilhete para ver "A Estrada" e deparar-se com um popcorn moovie, desista e opte por outra película. A perspectiva agonizante de uma América pós-apocalíptica levada às salas de cinema por John Hillcoat (celebrado em No Country for Old Men) releva-se tão austera e desoladora que desafia o prazer da ída ao cinema. E contudo, dizer que se trata de um filme mau é tremendamente injusto.



Em última análise, este é um filme onde o intento de sobrevivência da condição humana é exposto de forma absolutamente arrepiante. Salva-se o amor incondicional entre um pai (Viggo Mortensen) e um filho (Kodi Smit-McPhee) que, uma vez confrontados com a dura realidade de um país/planeta totalmente devastado por um acontecimento cataclísmico - não explorado no filme - encontram numa caminhada rumo a Sul um objectivo e uma esperança de salvação.



Eis uma crítica que encontrei algures e que me parece fidedigna: "The Road is one of the most chillingly effective visions of the world's end ever put on screen - and a heart-rending study of parenthood to boot". De facto, imaginar o fim do mundo as we know it da forma que John Hillcoat o traduz não é tarefa difícil. Algo de terrível acontece. Toda a vegetação desaparece e não existem animais que sustenham os avanços da fome. As paisagens ganham contornos fantasmagóricos, em invariáveis tons de cinza e amarelo, e as cidades deixam de ter nome ou fronteira. Sobram farrapos de pessoas, feitas canibais, que não olham a meios para persistir. Uma lata de Coca-Cola numa máquina velha de refrigerantes é um achado de levar às lágrimas, enquanto que notas de dólar voam no chão, sem dono nem valor.



Interessante verificar que nem as personagens recebem nome neste filme, uma opção guionística que atesta o minimalismo pretendido para as vidas que retrata. A mãe (Charlize Theron) é recordada em flashbacks que enquadram e justificam a sua reacção de abandono e morte. O leque de estrelas termina com Robert Duvall, numa breve aparição em que representa um velho moribundo, em viagem pelo mesmo caminho que as personagens centrais.



No desfecho, a única crítica menos positiva que "The Road" me merece: alguma incongruência na aparição da nova família (e respectivo quatro patas) que prontamente se propõe a adoptar o rapaz (já órfão) e oferece ao público uma antevisão de fim quase "animadora". Embora se preferisse algo mais alegre, por exemplo, a dita chegada a Sul, não encontrei cabimento no desprendimento da mood melancólica que durante todo o filme nos deixou de coração pesado. Já dizia o outro, "finais felizes são histórias que ainda não acabaram"...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

"Memories... la la la la la..."

Ora, responda quem souber. O que é que invariavelmente acontece quando nos predispomos a uma maratona de backups e duplicações de arquivos fotográficos digitais, num interminável chorrilho de Copiar e Guardar de tesourinhos deprimentes? Eu respondo. Acontecem longas horas passadas em janelas e cliques diante do monitor, acompanhadas de gargalhadas estridentes, ao recordarmos episódios que as fotografias só retratam numa infinitésima parte, mas que na nossa cabeça estão guardados tal qual filmezinho de Sam, com Mário Viegas e tudo.



Foi precisamente o que sucedeu comigo há uns dias, quando decidi não tentar o cansaço que o meu portátil já vai denunciando e arregacei as mangas para salvaguardar parte da biblioteca de imagens que, felizmente, aqui vai crescendo como mato.

Entre os meus preferidos está o álbum com as imagens captadas durante as férias de um grupinho impecável por terras do México, vai fazer em Outubro dois anos. Lembrar tiradas como "É preciso não confundir os hotéis" ou "Essa praia é só calhau" e revisitar alguns dos momentos mais hilariantes acabou por ser o ponto alto desse dia. Como esquecer a actuação de "Verde Vinho", do grande vulto do cançonetismo que é Roberto Leal, numa versão à la Nabo, devidamente aperaltado com óculos de mergulhador e flor de papel escarlate espetada no tubo respirador do kit de snorkeling... Escusado será dizer que a vontade de ligar de imediato a alguns dos "artistas" para repetir a palhaçada ao telefone foi grande, mas quis o destino que no mesmo dia fosse dar um giro com dois deles e o assunto viesse à baila.



Dois anos depois, algures por entre o andar de restauração do Almada Fórum...

" - Epá, é verdade, não fiquei com cópia das nossas fotografias do México!!! Tratas disso?"

Não só trato, como levo a coisa mais longe: "Hola, Hola", quanto é que V. Exas. me pagam para NÃO colocar aqui o verdadeiro best of de "figuras tristes" nunca antes vistas em terra de mariachis ? Aceitam-se licitações a partir dos 50€...