domingo, 9 de novembro de 2014

Do velho a fazer novo - Episódio 3

Existem objetos nos quais identificamos utilidade e razao de ser/ter com facilidade. E existem peças em que o potencial está lá mas... Como aproveitá-lo, ao certo?
 
Foi o que aconteceu com a escrivaninha que entreguei às maos experientes da Guida Santos, do atelier Monstros e, algumas semanas volvidas, eis o resultado! 
 
 
 
 
De castanho sólido a branco decapé, com tratamento anti invasores da madeira e puxadores novos, a escrivaninha está agora a uso na zona de vestir como toucador (onde guardo os diamantes, as pérolas e outros segredos) e cómoda (maiores fossem as gavetas, mais roupa nelas nascia!).
 
Combina na perfeiçao com as demais peças que decoram o quarto e faz-me sentir orgulhosa da aposta.

"Olá, chamo-me Ana e sou Bimbólica."

Para esta noite, a chef recomenda: atiçar as papilas gustativas com uma selecçao tentadora de pao (com chouriço, queijo ou ervas aromáticas), aquecer a alma com um creme de agriao e reconfortar o estômago com uma fatia de omolete de salsicha. Acompanhar com um copo de limonada, pontuada pelo travo de duas folhas de hortela. Para fechar? Gelado de framboesa, anyone?



Siga aquele piano!

Foi a primeira peça com espaço destinado no 11 da Morais Sarmento e a última a chegar. Como algumas pessoas, as melhoras coisas fazem-se desejar e esperar. Mudei-me - é oficial, agora!


 

"Creep" em versao black dress and platinum hair

Fotografia | 4/11/2014, 22h10m, 3.330 kgs

Saída do duche, estava a secar o cabelo quando o telefone tocou em casa. Do outro lado da linha, a voz (da tia) soou tensa. "Vai nascer de cesariana, estao a entrar para a sala de partos". Corri!
 
Passava pouco das 22:00 quando, do corredor, o ouvimos. Momentos depois chegou no berço empurrado por uma enfermeira sorridente. Olhos abertos e expressao serena, imagino eu um pouco atordoado, a tentar digerir o que tinha acabado de se passar.
 
Tao bom existires, M.! Trazes felicidade e alegria a jeito de desprender-me água dos olhos :)
 
 

Isso mesmo, M., agarra o papá, nao o deixes fugir :D

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O meu nome vai para o espaço!



I just sent my name to fly on Orion's flight test, scheduled to launch Dec. 4 - 6, 2014! Orion is NASA's new spacecraft that will carry humans into space.

Get Your Own Boarding Pass On NASA's #JourneyToMars! Send your name here: http://go.usa.gov/vcpz

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Uma dentada que se adora e odeia

Pelo segundo ano consecutivo a Apple é considerada a marca mais valiosa do mundo. Mais do que a Google - que ficou em segundo lugar. Mais do que a Coca-Cola. Ou a Microsoft.

Quem o atesta é o relatório "Best Global Brands" - http://bestglobalbrands.com/2014/ranking/ - da Interbrand Consultancy, que teve três critérios principais como base para a sua análise: 1. o desempenho financeiro dos produtos da marca, 2. a capacidade de influência da marca na decisão de compra e 3. a capacidade de, com os dois primeiros, "puxar" os preços dos mesmos produtos para cima.



Ainda há dias se gerou numa mesa de que fiz parte a conversa do porquê de existirem tantos críticos viscerais à Apple. Com efeito, há malta com um odiozinho enraizado que se dedica de coração a deitar a marca abaixo, de forma até bastante pública e declarada.

Uns falam de "dor de cotovelo de quem não chega lá e queria"; outros de "aquilo é mais Marketing do que outra coisa". "Vendem-se que nem pães quentes com chouriço mas são uma nódoa em sustentabilidade ambiental", já ouvi... E depois há os radicais: "Não quero nada desses senhores, nem dado!" - Andreia Gonçalves, esta é tua :)

Afinal, em que é que ficamos?

A maioria parece anuir que o legado de Steve Jobs vale o que pedem por ele. Eu própria sou possuidora de vários equipamentos da maçã com dentada e não tenho razões de queixa. Os cães ladram e a caravana avança?  

Que diriam os Impressionistas se vissem esta menina?

Algumas vezes tenho ouvido dizer que os mecanismos do cérebro humano ainda são algo de muito desconhecido e surpreendente, mesmo hoje, em que se sabe tanto sobre tudo. Ou assim parece.

Por isso, quando chegam a mim notícias de pessoas como a da pequena Iris Halmshaw, não consigo deixar de pensar que conhecer-se (ainda) mais sobre o órgão não vai implicar perceber-se melhor o que faz de nós o que somos...

A Iris é uma menina inglesa, tem cinco anos, e anda a deixar doidos de entusiasmo os críticos de arte do mundo. Porquê? É ver aqui http://irisgracepainting.com/ os quadros que pinta. A sua condição de autismo faz com que não fale mas a qualidade expressiva das suas pinturas está, inclusivamente, a gerar comparações com vultos como Monet e Renoir.

Não é caso único. Recordo-me de pelo menos mais dois casos de crianças pequenas, com particularidades semelhantes às da Iris, que fizeram cabeçalhos por demonstrarem não só um talento precoce na pintura, como uma visão do mundo inacessível à maioria - das crianças e dos adultos.

Para mim, que desde há muito que adormeço (literalmente) com catálogos impressionistas na cama, é um mistério observar algo aparentemente tão errático, ao modo action painting de Jackson Pollock, mas harmonioso e bonito. Vale a pena conhecer.