quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Afinal, para que serve a segurança nos museus?!?

Para guardar quadros não é certamente!

Se há pouco mais de uma semana fiquei de queixo caído ao saber do ataque de um lunático a um quadro de Rothko na Tate Modern, em Londres, hoje pergunto-me onde estariam todos os seguranças do Museu Kunsthal, em Roterdão, no momento em que um grupo de ladrões com impecável sentido de gosto e timing abandonava o local com, não um, nem dois, mas SETE quadros, incluindo um Picasso, um Monet, um Matisse, um Gauguin e um Lucian Freud.

Muito recentemente passei várias horas a apreciar a colecção permanente da Tate Modern e posso assegurar que, naquele dia, a segurança estava presente e visível. Aliás, assim que alcancei o meu telefone para tentar uma fotografia sem flash fui rapidamente interpelada por um "Madam!" que me fez desistir da ideia num ápice. Contudo, um criminoso com uma caneta de feltro preta consegue "acrescentar valor" a um Rothko no valor de milhares de euros sem que um único alarme ecoe ou dê o alerta a quem mais perto estiver.

Já o Kunsthal deu hoje aos seguidores do mercado negro de arte a melhor notícia possível... Imagino que as celebrações do 20º aniversário que o museu tinha a decorrer acabem já e da pior forma possível. O que eu não imagino é a expressão do director do museu diante dos espaços vazios nas paredes da galeria... Ou o argumentário das seguradoras!
  

 

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