quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Só com ele machismo é sinónimo de charme

Vesper Lynd: "I'm the money."
James Bond: "Every penny of it."
(...)
Lynd: "Now, having just met you, I wouldn't go as far as calling you
a cold-hearted bastard..."
Bond: "No, of course not."
Lynd: "But it wouldn't be a stretch to imagine. You think of women as disposable pleasures, rather than meaningful pursuits. So as charming as you are, Mr. Bond, I will be keeping my eye on our government's money and off your perfectly-formed arse."
Bond: "You noticed."
Lynd: "Even accountants have imagination."
 
 
Talvez com nenhum outro actor da classe 007, além de Daniel Craig, este diálogo pudesse funcionar com a subtileza que encontramos em "Casino Royale". E nem mesmo após seis anos - com a desilusão de "Quantum of Solace" pelo meio, em 2008 -, o James Bond de cabelo russo e olhos azuis perdeu forma ou conteúdo nos seus fatos admiravelmente feitos por medida...
 
Considerei "Skyfall" muito bem conseguido, arrisco até a achá-lo o meu 007 preferido desde "GoldenEye". Sam Mendes produziu um excelente filme de acção sem cair no cliché de abusar das perseguições em alta velocidade, das lutas corpo a corpo em altura ou das proezas com animais venenosos, optando por um estilo mais denso e negro do que o habitualmente encontrado nas películas do agente secreto.
 
Daniel Craig, em toda a robustez clássica, mostra-se assombrado por episódios do seu passado pessoal e até por algum desgaste físico, justificações para o branco da barba e por alguma vulnerabilidade na personagem. Javier Bardem é um vilão à medida, um misto sinistro de aspecto nórdico com sotaque espanhol, o melhor de si quando em confronto directo com a "matriarca" do MI6 . A morte de "M" e a apresentação do novo "Q" - Ben Whishaw, um dos meus ingleses preferidos - foram novidades interessantes, a par do timbre"império" que todo o filme exala.
 
No 50º aniversário do agente mais sedutor de todos os tempos, e apesar do título "Skyfall", 007 continua a desafiar a gravidade. Nem um pingo de shaken. Ou de stirred.
 
 
 

1 comentário:

Anónimo disse...

O homem é xexy sem dúvida... Fiquei agradavelmente impressionada com os seus atributos! :P Joana D.