segunda-feira, 4 de junho de 2012

God save the Queen, indeed!

Se bem que, em muitos aspectos, a máxima “já não é o que era” se aplique, um em particular parece-me francamente seguro em contrariar ventos de mudança: no one does pomp quite like the British. E felizmente para os ingleses, a sua Rainha é o melhor exemplo vivo disso mesmo.

As celebrações do Jubileu de Diamante de Isabel II, coroada faz agora 60 anos, estão a decorrer debaixo de chuva pesada, como aliás seria de prever, mas num ambiente nacional de união e orgulho absolutamente admirável. Para além de todas as cerimónias consideradas oficiais, e que já de si compõem uma agenda recheada – veja-se o exemplo do desfile de embarcações no Tamisa desta tarde e do grande concerto que decorre enquanto escrevo estas linhas -, foram feitos largas centenas de pedidos de encerramento de ruas para festejos ditos de bairro, pois ninguém no seu juízo perfeito quer ser deixado de fora.

Parece-me consensual dizer que no meio de todo o frenesim mediático que a família real inglesa tem representado nas últimas décadas – arrisco até afirmar que o momento zero da saga Windsor coincidiu com a abdicação de Eduardo VIII – Isabel II tem representado a seriedade e a dignidade que o cargo de monarca supõe com extrema elegância e sentido de Estado.

Acho admirável que depois de uma vida inteira debaixo do olhar público, sempre atento e crítico, esta senhora prossiga composta e imperturbável no seu dever de representante máxima da dinastia monárquica made in UK, algo para o qual parecia não estar destinada e que acabou por ser, provavelmente, a salvação da mesma.

Parabéns à Rainha, pelo seu exemplo notável de lealdade e firmeza, e aos ingleses, por mais uma festa de arromba!



Sem comentários: