domingo, 19 de maio de 2013

Por Sta. Eufémia com um "seguidor" improvável

Estacionámos o carro não muito longe do Café da Natália - http://www.cafedanatalia.com/index -, em S. Pedro de Sintra, onde matámos saudades dos travesseiros e do pão de ló, e decidimos seguir a placa que indicava Sta. Eufémia a 1.500 metros. Com o desenho de um par de binóculos ao lado só podia querer dizer boas vistas; fomos investigar.
 
Mal podia eu adivinhar que a meio caminho um rafeirito, todo ladino por sinal, ia decidir juntar-se-nos e não nos largar mais. Terror de cada vez que decidia correr desalmado na minha direcção! Sujou-nos a roupa à procura de festas e quase nos fez tombar do miradouro abaixo com a insistência em passar ao mesmo tempo nos caminhos mais estreitos. Guardador da ermida, talvez? Parece que ainda o oiço latir quando o deixámos junto ao "atalho" de acesso ao Parque da Pena...       
 
 
 
   
 
 "Diz-se que há muitos, muitos anos, na época em que os Bárbaros dominavam o Reino de Portugal, habitava em Sintra uma princesa muito boa e generosa, de nome Eufémia, estando esta apaixonada por um rapaz humilde. O seu pai, que era um rei austero e conservador, sempre foi contra o amor dos dois, e, por imposição deste, os dois apaixonados acabaram por deixar de se encontrar.

Entretanto, o rapaz foi atingido por uma doença na pele, que lhe abrangeu todo o corpo. A mãe do rapaz contou o sucedido à boa princesa que ficou desolada. Deste modo, Eufémia levou o seu amado ao alto da Serra de Sintra (hoje em dia onde se situa a capela de Santa Eufémia), ao lugar onde os dois costumavam encontrar-se e lavou-lhe todo o corpo com a água da fonte que ali existia.
 
  Aos poucos e poucos, as melhoras eram já visíveis, e em pouco tempo o rapaz ficou curado. Como prova do sucedido, a princesa Eufémia marcou o seu pé numa rocha; ainda hoje é visível a marca do seu pé e esse local foi transformado num oratório. O que sucedeu aos dois apaixonados ninguém sabe, o que se sabe é que a princesa ficou a ser adorada como Santa, a sua pequena imagem lá está na Capela de Santa Eufémia e a água com que curou o rapaz seu amado é ainda por todos considerada como milagrosa."
 
© O Caminheiro de Sintra
 

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