Já na Terça-feira passada tinha lido acerca dos valores recorde atingidos por peças de Gerhard Richter e Barnett Newman, mas ontem, naquele que já é considerado o leilão mais rentável da história, a arte do pós-guerra levou os maiores amantes e colecionadores até Nova Iorque para abrirem os cordões às bolsas.
Como resultado, das 70 obras levadas à praça, apenas quatro não foram vendidas e, no decorrer da noite, foram batidos 16 recordes de valor por artista, entre os quais Jackson Pollock, Roy Lichtenstein e Jean-Michel Basquiat - estrelas no evento, escusado será dizer.
A tela "Number 19,1948", precisamente de Pollock, foi a obra mais cara da noite, ao ser arrematada por 45,5 milhões de euros. Revela a leiloeira que o quadro foi disputado por quatro licitadores ao telefone, a partir de um preço-base de 19,3 milhões de euros, tendo sido adquirida por um anónimo.
O universo dos grandes leilões de arte sempre me suscitou curiosidade e quando acontece estarem em causa autores e obras como estas, não há dúvida de que presenciar o acontecimento seria, já de si, um assombro - quanto mais ouvir falar em fortunas do género.
Não deixa ainda de ser interessante saber que, só no ano passado, 25% dos compradores na Christie's foram clientes novos e que, por exemplo, cinco dos lotes comprados ontem foram para pessoas que nunca tinham comprado nada. Quisesse isto dizer que também posso sonhar!
2 comentários:
E tanta gente a morrer de fome... NM
Pois, Nuno, as disparidades do mundo são assim mesmo. E não que a classe necessite de advogada de defesa, mas talvez devas considerar que são pessoas como as que estiveram esta semana na Christie's as que mais rapidamente doam fortunas parecidas para causas humanas como a que referiste :)
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